quinta-feira, 23 de abril de 2009

Exposição "A Leveza da Flor" - Yutaka Toyota

Integrantes:
Beatriz Castilho
Eder Poli Filho
Fernando Chiari
Luiz Eduardo Matheus
Pedro Felipe Sato
Natália Migliano

"O consagrado pintor, escultor e desenhista Yutaka Toyota, 77, reunirá, pela primeira vez, parte de seu vasto acervo na exposição 'A leveza da flor'.[...]O evento celebrará a carreira marcante do artista, com mais de 60 anos de dedicação à arte, incluindo as principais obras feitas no Japão, Argentina, Itália e Brasil – onde vive desde 1958.        
Poderá ser vista, inclusive, a primeira obra premiada de Toyota, que ele realizou quando tinha apenas 15 anos, ainda no Japão.[...]Também estarão no MuBE as pinturas tridimensionais, painéis, esculturas, maquetes de monumentos, réplicas de fotos, desenhos de projetos, obras de colecionadores e peças de valor histórico. A ideia é mostrar um pouco de tudo o que já foi criado pelo artista."     

(Revista Púlpito)

Crítica  do Grupo

Nesta quarta, nosso grupo visitou o MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), que está, de 14 de abril à 6 de maio, expondo as principais obras de Yutaka Toyota, artista nipônico radicado no Brasil desde 1958.

  Formado na Universidade de Belas Artes de Tóquio, Toyota se destaca por suas pinturas abstratas e esculturas em alumínio ou aço inoxidável.

Ao analisarmos e observarmos as obras expostas pelo museu, percebemos a grande habilidade que o artista demonstra  no manuseio de metais. Suas esculturas apesar de elaboradas com materiais pesados, apresentam um incrível dinamismo. O design das obras somado ao “bruto” do material dão a cada obra uma fluidez e um movimento que  pouquíssimas vezes pode ser identificado em esculturas.

Muitas obras de Toyota são compostas por mais de uma peça metálica. Nesses casos o movimento e a fluidez é tamanha , que o espectador tem a impressão  de que a peça está prestes a se desfazer, a se desmontar. É como se as partes não estivessem devidamente presas, como se sempre permanecessem na eminência da queda e do deslize. 


(Espaço Vibração)


Utilizando de forma admirável os espelhos, tantos os côncavos quanto os convexos, Yutaka consegue “desmontar” e recriar todo o ambiente que cerca suas produções.


                                            


       (Espaço Harmonia Eternidade)


É indiscutível a qualidade das esculturas feitas pelo artista. Porém é o grupo, ao observar as pinturas, não pode dizer o mesmo. Elas não trouxeram com elas a idéia e a sensação que Toyota passa com as escultura. Ele faz uso de pinceladas carregadas que não nos prendeu de forma alguma ao contexto da obra. Talvez o que esperássemos ao ver as pinturas era o mesmo fascínio que tivemos ao contemplar a leve rigidez dos objetos de metais.


Informações sobre a exposição:

Exposição “A leveza da flor”, de Yutaka Toyota
Local: Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) – Rua Alemanha, 221, Jardim Europa 
Aberto ao público: de 15 de abril a 6 de maio (abertura dia 14, às 19 horas, para convidados)
Horário: de terça a domingo, das 10 às 19 horas
Informações: (11) 2594-2601
Entrada Franca
*O MuBe possui acesso para pessoas com deficiência, restaurante e ar-condicionado 


Links Interessantes:

http://madeinjapan.uol.com.br/2009/04/15/a-leveza-da-flor-homenageia-a-carreira-de-yutaka-toyota

http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=158&in=1

  

Um comentário:

  1. Vale lembrar que a escultura localizada na Praça do Sol, no campus da própria FAAP é uma das esculturas do artista, entre outras, que está presente na faculdade. Esta, é um belo exemplo de como Yutaka torna seus materiais inorgânicos parte do ambiente, principalmente pelo uso do reflexo, recriando-o. A perspectiva do ambiente também muda conforme a posição do observador, por isso suas obras devem ser exploradas com cuidado e minúcia, variando ângulos e distâncias. É uma pena que a exposição seja pequena e que muitas esculturas são objetos arquitetônicos, nos limitando a observar fotos e pequenas réplicas, o que perde a característica mais significativa de suas obras. O vídeo também deixa a desejar, já que retrata na maior parte do tempo, o artista manejando materiais para a criação de alguma obra, tornando-se monótono. Mas quando nos revela o movimento dos locais em que certas obras estão expostas a partir de seu próprio reflexo, é que ele desperta o interesse do espectador.

    Beatriz Castilho

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