quarta-feira, 20 de maio de 2009

MAM

Grupo:
Júlia Dimitrow
Juliana Sandes
Martha Agricola
Tânia Raston

"Fotografia como sugestão de tudo, comprovação de nada"

A palavra fotografia se origina do grego: fós, luz; grafis, estilo ou pincel. Significando: desenhar com luz. Tal definição se concretiza pelo fato da fotografia ser essencialmente, a técnica de criação de imagens através de exposição luminosa. As obras apresentadas porém, perdem este significado científico, para um da arte de liberdade da criação do belo. Tal momento é captado na exposição: Olhar e fingir: fotografias da coleção M + M Auer.



A coleção de aproximadamente trezentas fotografias do casal franco-suíço Michele e Michel Auer está exposta no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Localiza-se na Grande Sala no período de 23/4 a 28/6. Para entrar, paga-se cinco reais e cinqüenta centavos, havendo meia entrada.




Em uma organização muito simples e de fácil entendimento ao visitante, a exposição divide-se em quatro grandes módulos: Transfigurações, Beleza convulsiva, Performance e Fantasias formais. Ao caminhar pelas salas, a divisão brinca com toda a história da fotografia e explicita o porquê desta ser uma arte.

Os sentimentos são levantados uma vez que se dá de cara com as fotos. E assim, é possível entender o artista.

Algumas imagens nos remetem a artistas conhecidos, como Archimboldo e seus homens feitos de legumes, Magritte e o "Filho do Homem", e outras fotos, surrealistas, ainda no âmbito surreal, são exibidas fotomontagens interessantes. Numa época em que o artista começa a ficar mais livre para fazer o tipo de arte que quer, mesmo que essa venha a ser algo bizarro e chocante.




Também começam a explorar a técnica da máquina de fotografar e transformam em arte os processos de revelacão, como é o caso de uma das fotos em que vimos facilmente as características de um negativo, outra inovação está na própria câmera em si fazer parte do resultado final.

Em um mundo que desacreditamos no indivíduo, no qual vemos a imagem como mercadoria, temos nesta exposição fotos propondo coisas tão diferentes. É o caso das fotos de mulheres nuas, que propõem causar no expectador desejo, e outras como foto-montagens e fotos surreais que causam a repulsa num primeiro olhar desatento, mas não são completamente sem sentido.

São fotografias que trabalham com sonhos, fantasias e de uma certa forma medo, sendo tudo aquilo que pertence ao inconsciente. Uma nova forma de mostrar o sentimento do artista. Talvez seja esse o maior mérito da exposição o de vender a idéia de sentimentos próprios. Vibra-se com o belo.

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